mencionado porRodrigo de Souza Leão
menciona a
Luci Collin
Alexandre França
Luis Felipe Leprevost
Thadeu W.
Mario Bortolotto
3 poemas de Fernando Koproski:
vênus de velázquez
vênus que vem em luas
em nem
pétalas de nuvens
vênus de rubens
vênus de uma beleza
a mais digna
que se possa pensar ou pretender
vênus de dalí
vênus que não guarda
esconder
uma a uma
vênus só veste
o que se fez sentir
um dia ainda, senhor
há de ser vênus
o que se deixa ver
em tudo que eu vivi
ódio platônico
a tua dor que me desculpe
o que você sente nem tem mais sentido
amor então que me preocupe
mas o teu ódio não será correspondido
para odiar te falta destreza
nesse olhar mais mágoa que a tristeza
se ainda não tiver percebido
tua aspereza não me deixa comovido
nem se disser que o que você sente
para nós dois é suficiente
terá possibilidade
um dia você vai entender obsessão
e não ódio de verdade
o que se odeia quando se adia o coração
a song that sings butterflies
há borboletas dentro de minha cabeça, querendo sair a
qualquer custo. não as importa o escuro de dentro, mas esse
som que não é música – um ruído que azul as faz flutuar por
todas as possibilidades incontornáveis de dor.
há borboletas se debatendo dentro de minha cabeça.
e não sei o que fazer. hoje elas já amanheceram assim. as
borboletas me olham azuis, as borboletas nascem azuis.
nascem da fragilidade feito a fragilidade fosse flor e não o fim.
a ternura são todas as pétalas do jardim. as borboletas são
entrega de sol ao lago. são sins, são nãos, são talvez. sins de
cisnes em não de noites, talvez a tez que têm todas as flores.
as borboletas, só o que há entre o início e fim dos beijos de
nós dois.
(de Tudo que não sei sobre o amor)
bio/biblio
Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 1973. Publicou os livros de poemas: Manual de ver nuvens (1999), O livro de sonhos (1999), Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor e temas musicais compostos por Luciano Romanelli, e Pétalas, pálpebras e pressas (2004). Organizou e traduziu a antologia poética de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 letras, 2005).
menciona a
Luci Collin
Alexandre França
Luis Felipe Leprevost
Thadeu W.
Mario Bortolotto
3 poemas de Fernando Koproski:
vênus de velázquez
vênus que vem em luas
em nem
pétalas de nuvens
vênus de rubens
vênus de uma beleza
a mais digna
que se possa pensar ou pretender
vênus de dalí
vênus que não guarda
esconder
uma a uma
vênus só veste
o que se fez sentir
um dia ainda, senhor
há de ser vênus
o que se deixa ver
em tudo que eu vivi
ódio platônico
a tua dor que me desculpe
o que você sente nem tem mais sentido
amor então que me preocupe
mas o teu ódio não será correspondido
para odiar te falta destreza
nesse olhar mais mágoa que a tristeza
se ainda não tiver percebido
tua aspereza não me deixa comovido
nem se disser que o que você sente
para nós dois é suficiente
terá possibilidade
um dia você vai entender obsessão
e não ódio de verdade
o que se odeia quando se adia o coração
a song that sings butterflies
há borboletas dentro de minha cabeça, querendo sair a
qualquer custo. não as importa o escuro de dentro, mas esse
som que não é música – um ruído que azul as faz flutuar por
todas as possibilidades incontornáveis de dor.
há borboletas se debatendo dentro de minha cabeça.
e não sei o que fazer. hoje elas já amanheceram assim. as
borboletas me olham azuis, as borboletas nascem azuis.
nascem da fragilidade feito a fragilidade fosse flor e não o fim.
a ternura são todas as pétalas do jardim. as borboletas são
entrega de sol ao lago. são sins, são nãos, são talvez. sins de
cisnes em não de noites, talvez a tez que têm todas as flores.
as borboletas, só o que há entre o início e fim dos beijos de
nós dois.
(de Tudo que não sei sobre o amor)
bio/biblio
Fernando Koproski nasceu em Curitiba, em 1973. Publicou os livros de poemas: Manual de ver nuvens (1999), O livro de sonhos (1999), Tudo que não sei sobre o amor (2003), incluindo CD que apresenta leitura de poemas na voz do autor e temas musicais compostos por Luciano Romanelli, e Pétalas, pálpebras e pressas (2004). Organizou e traduziu a antologia poética de Charles Bukowski Essa loucura roubada que não desejo a ninguém a não ser a mim mesmo amém (7 letras, 2005).
poética:
a poesia não está no que os poetas dizem
a poesia não está no que os poetas
falam em suas poéticas
a poesia não é o que eles pensam
que os poemas pensem
após passar a noite, a minha linha toda
bebendo poemas
como qualquer outro blues
quem disse que é poesia esse teu bafo de luz
que por onde passam as musas mentem?
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